Problemas parasitários
Pragas de folhas de tabaco curadas ao ar
A cura do tabaco ao ar é feita sem fornecimento de energia em unidade de cura ventilado. Este método de cura dura muito mais tempo do que a cura ao ar quente (cura por combustão) e depende da temperatura de cura e do teor de umidade na unidade de cura. A alta umidade às vezes encontrada durante a cura ao ar pode ser muito favorável para o desenvolvimento de vários microrganismos.
Figura 1 | Figura 2 | Figura 3 | Figura 4 |
♦ Fungos
Muitos fungos podem causar danos as folhas do fumo curadas em unidades de cura:
Alternaria alternata é raramente observada;
- Botrytis cinerea, é um parasita frágil que pode atacar o tabaco em todos os estágios de desenvolvimento e cura. Os danos são associados à produção de um mofo cinzento cobrindo as áreas danificadas (figura 1);
- Botryosporium spp., Estes fungos saprófitas são facilmente idetificados pela presença de uma grande quantidade de conidióforos longos transportados pelo ar em tecidos danificados. Duas espécies foram relatadas no tabaco Botryosporium pulchrum Corda (1840) e Botryosporium longibrachiatum (Oudem.) Mayor (1903). Eles se desenvolvem quando o tabaco começa a ficar marrom (figuras 1 e 2);
- Rhizopus spp. e Mucor spp. raramente são observados em tabaco curado ao ar. Rhizopus arrhizus var. arrhizus A. Fisch. (1892) é a espécie mais frequentemente relatada. Também é possível encontrar Rhizopus stolonifer (Ehrenb.) Vuill. (1902) e Rhizopus lyococcus (Ehrenb.) G.Y. Liu, F.L. Lee, Yuan G.F. e Stalpers (2007);
- Sclerotinia sclerotiorum é um fungo parasita fraco e terrível que é frequentemente observado em tabaco curado ao ar. Seu micélio branco e esclerócio preto são característicos da presença deste fungo em tecidos danificados;
- Cladosporium spp., Fusarium spp., Penicillium spp. e Aspergillus spp., são fungos saprófitas que causam fungos coloridos. Alguns destes fungos podem infestar as unidades de cura e galpões/armazéns, e neste caso, a contaminação não ocorre na lavoura (figuras 3 e 4);
- Pythium spp., cromista de ambientes aquáticos, especialmente a espécie Pythium aphanidermatum.
♦ Bactérias
Algumas bactérias também afetam as folhas de tabaco em unidades de cura. Pseudomonas cichorii na França ocasionalmente foi relatada. Esta bactéria só ataca o tabaco maduro, perto ou durante a colheita.
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Pragas de folhas de tabaco curadas em estufas por combustão
Uma fonte artificial de energia é utilizada para secagem de folhas no caso do tabaco curado por combustão. Este método é utilizado para tabacos tipo Virginia. Permite a cura rápida de folhas com controle mais preciso de umidade e temperatura, variando de 35 a 70 ° C.
Os microrganismos que às vezes ocorrem durante a cura em estufa por combustão são bastante diferentes dos observados durante a cura do tabaco pelo ar.
Figura 1 | Figura 2 | Figura 3 | Figura 4 | Figura 5 | Figura 6 |
♦ Fungos
Semelhante às folhas "curadas pelo ar", vários fungos podem ser responsáveis por danos causados às folhas de tabaco curadas em unidade de estufa por combustão. - Rhizopus spp. e Mucor spp. são microorganismos frequentemente observados em estufas de de cura. Rhizopus arrhizus var. arrhizus A. Fisch. (1892) é a espécie mais frequentemente relatada (figuras 1 a 4). Este fungo saprófito cresce em altas temperaturas entre 25 e 40 ° C. Tolera temperaturas em torno de 80 ° C por 72 h. Além disso, também foi relatado o ataque ao córtex do caule sob condições de campo em Nicotiana glauca;
Alternaria alternata é frequentemente observada. Este frágil fungo também ocorre na lavoura, e pode facilmante desenvolver-se em folhas maduras de tabaco (figura 5);
- Botrytis cinerea é pouco encontrada em unidades de cura por combustão;
- Sclerotinia sclerotiorum ocorre apenas ocasionalmente;
- Cercospora nicotianae e Gibberella tricincta El-Gholl, McRitchie, Schoult. e Ridings (1978), antigo Fusarium tricinctum (Corda) Sacc. (1886) pode causar alguns danos.
♦ Bactérias
Algumas bactérias causam danos nas folhas em unidades de cura:
- Pseudomonas syringae pv. angulata tem sido ocasionalmente descrito;
- Pectobacterium spp. bem como Pectobacterium carotovorum subsp. carotovorum e Pectobacterium chrysanthemi podem causar o apodrecimento das veias (figura 6).
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