Olpidium brassicae
(Doença da queima da raíz - Olpidium)
Pode-se observar esporângios característicos e clamídios de Olpidium brassicae em raízes e radícolas (particularmente na epiderme e córtex) das plantas produzidas no sistema float. A presença de um fungo parasita obrigatório nesses órgãos parece levar a duas situações bastante opostas:
- As raízes parecem saudáveis ou ligeiramente alteradas, o que é surpreendente dado o número de esporângios e clamídosporos às vezes presentes nas células (figura 1);
- As raízes são completamente marrons e as plantas ficam amarelas, murchas e morrem (figuras 2 e 3). Essas duas situações também são encontradas em outros sistemas de produção de mudas de tabaco.
Não há um completo entendimento do porquê este fungo aquático, que também é um vetor de vários vírus (ver seus principais sintomas), pode mudar de um simples colonizador de células radiculares para uma praga destrutiva. Condições ambientais, incluindo temperatura e oxigenação do solo, solução de substrato ou nutrientes, e especialmente a condição radicular, certamente devem influenciar seu comportamento. Note que este fungo está bem adaptado à vida aquática. Como Pythium spp. ele pode produzir zoosporos móveis permitindo facilmente sua propagação na água.
Para mais informações sobre este fungo, consulte a ficha técnica de Olpidium brassicae.
Outros organismos aquáticos relacionados a fungos e oomícetes pertencentes a Chytridiomycetes demonstram comportamento semelhante ao do Olpidium brassicae, mas apenas no sistema float (figuras 4 e 5). A identificação deles é bastante difícil. Algumas das suas estruturas são semelhantes às que indicam a presença de Rizofidium ou outros organismos aquáticos. Vários desses patógenos já foram observados nas raízes de algumas espécies de Nicotiana, especialmente N. tabacum: Lagenocystis radicicola (Vanterp. e Ledingham) HF Copel. (1956) (anteriormente Lagena radicicola) e Rhizophydium graminis Ledingham (1936).