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Ecologia e Epidemiologia

 

- Sobrevivência e reservatórios de vírus

O vírus do mosaico do tabaco (TMV) é um vírus particularmente infeccioso e persistente. Ao contrário de quase todos os vírus, que são parasitas obrigatórios, ele é capaz de sobreviver no solo por vários anos, em resíduos de folhas e raízes, e em canteiros infectados. As primeiras infecções geralmente ocorrem no canteiro, por exemplo, por solos ou ferramentas contaminados. As infecções também ocorrem em lavouras pelo contato entre as raízes colonizadoras das plantas e as que restaram de uma cultura de tabaco anterior ou outro hospedeiro suscetível. Na verdade, o vírus é capaz de infectar mais de 190 plantas que contribuem para sua propagação e conservação.

- Transmissão e disseminação

Este vírus é fácil e essencialmente transmitido por contato. Um simples contato de planta para planta, com mãos, roupas ou ferramentas contaminadas é suficiente para a transmissão. É fácil entender por que as atividades dos trabalhadores e das operações agrícolas realizadas nas lavouras influenciam muito a epidemiologia desse vírus. A transmissão através de sementes não parece possível no tabaco, o que não é o caso de outras plantas de Solanaceae (tomate, pimenta) que também podem ser infectadas pelo TMV. Vários insetos mastigadores podem transferir o vírus ao consumir folhas saudáveis ​​ou doentes; mas a sua eficácia como agentes de transmissão é praticamente zero. Outros insetos tipicamente relatados como vetores de vírus não transmitem TMV. Sua disseminação pode ser assegurada por plantas contaminadas, mas também por trabalhadores e suas ferramentas, ou por técnicos que se deslocam de uma lavoura contaminada para uma saudável.

Last change : 12/16/22
  • Author :
  • D Blancard (INRAe)